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PGE-RJ Homenageia a Mulher Negra com Palestra sobre Lélia Gonzalez
02/08/2023 - Gestor Geral
Imagem Carrossel

Corpo

Como parte das manifestações do Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, comemorado em julho, a Comissão Especial para o Combate ao Racismo Estrutural e Institucional da Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ) promoveu, nesta terça-feira (1/8), a palestra “Descolonização do Feminismo por Lélia Gonzalez”, com a professora Sandra Suely Moreira Lurine Guimarães, do Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Pará (UFPA).

A abertura do evento foi feita pela presidente da Comissão, a procuradora Ana Alice Oliveira, e pela presidente da Comissão de Igualdade de Gênero, a procuradora Nathalie Giordano. A procuradora Fernanda Mainier, da Comissão de Igualdade de Gênero, também participou como mediadora.

Na apresentação, a coordenadora da Comissão Amanda Carolino, destacou a importância de Lélia Gonzalez, professora, filósofa e ativista do feminismo negro, na discussão de questões ligadas ao feminismo e no combate ao racismo. “Um feminismo que não aborda a questão de raça é um feminismo perigoso”.

Em sua palestra, a professora Sandra Suely lembrou que Lélia Gonzalez foi uma grande intérprete do Brasil e uma das mais importantes intelectuais do país no Século XX, mas que seu pensamento ainda é pouco conhecido, inclusive na Academia. “A Lélia deveria ser leitura obrigatória em qualquer graduação”, disse, lamentando que nem mesmo entre os que estão nos cursos de pós-graduação a pensadora é estudada com o destaque que merece.

A professora destacou que Lélia Gonzalez foi uma das pioneiras na discussão do racismo brasileiro nas universidades e em foros internacionais ao se confrontar com a mentira da democracia racial no Brasil. E, além disso, foi também original na criação do conceito de americanidade, uma abordagem inovadora sobre a resistência de negros e indígenas de todo o continente americano à escravização e à violência dos europeus. Segundo ela, Lélia foi fundamental para abordagem de forma integrada do racismo com o colonialismo e o imperialismo.

Sandra Suely ressaltou ainda a importância do pensamento de Lélia para o movimento feminista, principalmente para as mulheres negras, que continuam sendo as mais discriminadas na sociedade. Por isso, reafirmou a importância de estudar e difundir sua história de vida, de filha de um operário negro e de uma indígena pobres que conseguiu se destacar na Academia em vários segmentos, e seu pensamento, fundamental para o combate ao racismo e à defesa das mulheres.

Passeio à Pequena África

Nesta a quarta-feira (2/8), a convite dos membros da Comissão de Combate ao Racismo Estrutural e Institucional, a professora Sandra Suely, que pela primeira vez visitava o Rio de Janeiro, conheceu os principais pontos turísticos e históricos da Pequena África, como o Cais do Valongo e a Pedra do Sal.

Ela foi acompanhada no roteiro pelas procuradoras Ana Alice Oliveira, presidente da Comissão, Fernanda Mainier, vice-presidente da Comissão de Igualdade de Gênero, e pelo procurador Augusto Werneck, também da Comissão de Combate ao Racismo.