Foto: Paulo Vitor/PGE-RJ
Foto: Paulo Vitor/PGE-RJ
A Procuradoria Geral do Estado celebrou ontem um momento de grande emoção: a homenagem à Procuradora Leonor Nunes de Paiva, que encerra uma trajetória de quatro décadas dedicadas ao serviço público, ao Estado do Rio de Janeiro e à construção de uma Procuradoria mais justa, plural e moderna. A cerimônia contou com a presença de familiares — filho, nora, netos, irmãs e amigas — além de diversos Procuradores e Servidores que fizeram questão de prestigiar Leonor nesse dia tão especial, marcado também pelo seu aniversário.
O evento celebrou ainda o descerramento do novo totem da Sala Dona Maria, apresentado pelo Diretor do CEJUR, Procurador Carlos Edison do Rêgo Monteiro Filho, e pela Procuradora Fernanda Mainier, Presidente da Comissão de Promoção à Igualdade de Gênero. O painel integra a série de conteúdos do Espaço Memória PGE-RJ e narra o papel da Casa na Constituinte e no fortalecimento da democracia, destacando figuras que contribuíram para a história da Procuradoria — entre elas, naturalmente, a própria Leonor.
Durante a cerimônia, foi inaugurada a exposição sobre a trajetória de Leonor, que reúne documentos, imagens e registros institucionais e históricos de sua atuação. A mostra fica em cartaz até 31 de janeiro de 2026, no Centro Cultural da PGE-RJ, e toda a Casa está convidada a visitar.
Em seu discurso em homenagem à Procuradora Leonor, o Procurador-Geral do Estado, Renan Miguel Saad, destacou a importância dela para a PGE e para o país. Ele lembrou que Leonor ingressou na instituição em 1985, no histórico 4º Concurso para a Carreira de Procurador do Estado, e desde então assumiu funções essenciais: foi Procuradora-Chefe da Procuradoria Trabalhista e Previdenciária, Assessora-Chefe da Governadoria, integrou e presidiu comissões, teve atuação marcante em dois mandatos no Conselho da PGE e encerra sua carreira como Corregedora-assistente, sempre com equilíbrio, firmeza e profundo senso de responsabilidade pública.
O Procurador-Geral também ressaltou a atuação de Leonor fora da PGE: sua participação na Assembleia Constituinte como membro do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, contribuindo para garantir direitos fundamentais às mulheres brasileiras; e sua atuação em grupos de enfrentamento ao racismo e à intolerância.
“A exposição que inauguramos hoje registra essa trajetória que é, ao mesmo tempo, institucional e histórica. Uma vida profissional construída com ética, coragem, capacidade de diálogo e compromisso com o bem público. Leonor, a PGE agradece por cada ano de serviço e por cada contribuição. Seu legado fica — e seguirá ajudando a abrilhantar os caminhos desta Casa.”
Ao agradecer a homenagem, Leonor compartilhou a emoção de resgatar parte de sua história:
“Fiquei muito feliz. O mais emocionante foi trazer de volta a minha participação no ‘Mundo das Mulheres’ e incorporá-la à cultura da Casa, porque isso sempre ficou muito à margem, nunca havia sido trazido para aqui dentro. Reviver isso foi muito forte.”
Sobre o legado que deseja deixar às futuras Procuradoras e Servidoras, respondeu:
“Quero que as mulheres mais jovens tenham consciência da história. As coisas não são como elas encontraram. Para que a igualdade avançasse, houve muito trabalho, esforço e militância. E daqui em diante, uma mulher apoiando a outra — como disse a Fernanda Mainier — vai transformar ainda mais.”
O encontro terminou com um momento de confraternização, marcado por um coquetel e o tradicional bolo de parabéns, celebrando não apenas o aniversário de Leonor, mas uma vida inteira dedicada ao bem público e ao fortalecimento da Procuradoria Geral do Estado.