Em uma só partitura com o samba, o Centro Cultural da PGE uniu a conversa com o ritmo do cavaquinho e do pandeiro de Noca da Portela. Ele foi o convidado especial da série “Quintas do Carmo” nesta quinta-feira (15/12), para debater “O Samba e o Povo Brasileiro”.
O Procurador Geral do Estado, Bruno Dubeux, celebrou a presença de Noca e sua banda, composta por Diogo Pereira, voz e cavaquinho e neto do cantor, Igor Lemos, na Percussão e Vandré Moreno, no violão.
- É um orgulho receber Noca da Portela neste último evento do ano da série Quintas do Carmo. Além de tudo, ele é um sujeito com uma simplicidade, alegria, entusiasmo que com os seus 90 anos completos na segunda-feira, vibra como um menino e vem nos brindar com muito samba, muita conversa e muito amor – destacou Bruno Dubeux.
O Procurador do Estado Anderson Schreiber , chefe do Centro de Estudos Jurídicos (Cejur) apresentou o “Rei do Samba” e ressaltou a importância da reabertura do Convento do Carmo, onde foi instalado o Centro Cultural da PGE.
- Não posso deixar de agradecer a coragem do Bruno de ter transformado esse espaço em um espaço cultural, que vai além do direito, e agradecer a todos por apoiarem esse evento com a presença de vocês – festejou Schreiber.
O Procurador Augusto Werneck que, junto com a Servidora Isaura Santana, mediou o encontro, lembrou a relevância do sambista nas questões que transcendem à música.
- Não só por suas harmonias lindas, Noca da Portela também é referência para a democracia Brasileira. Cantávamos a “Hora da Virada”, quando saíamos às ruas para a redemocratização. Há questões fundamentais, jurídicas, sociológicas e simbologias que traçam a vivência humana dentro das letras do samba – ressaltou Werneck.
Noca lembrou sua trajetória de vida e enalteceu o samba.
- O samba pra mim é tudo, alimenta meu corpo e minha alma, o segredo da minha longevidade é o amor. O samba faz feliz quem canta e consola quem vive a chorar. Por isso que eu vivo a cantar – destacou Noca da Portela.
Ele relembrou o seu passado em becos e vielas das comunidades do Rio, e a sua decisão de escolher o samba como instrumento para servir à população.
Noca cantou músicas consagradas como “Chega”, “Hora da Virada”, “Vendaval da Vida”, entre outras gravações que ganharam como intérpretes grandes nomes da música popular brasileira.
Ao final da conversa, Noca ganhou parabéns e presente de aniversário – camiseta do seu time do coração, o Fluminense.
E fechou o dia, na Praça Procurador-Geral Eduardo Seabra Fagundes, ao lado do Convento do Carmo, na esquina da Primeiro de Março com Rua da Assembleia. Lá, foi a hora de pouca conversa e muito samba.